Será que o desenvolvimento da inovação e da tecnologia passa pela ligação das empresas e das Universidades, ou não chega? (ex. UPTEC no Porto)...
Um dos elementos centrais do novo paradigma para Portugal na linha da sua sustentabilidade obriga a rever totalmente toda a investigação que se faz nas universidades, de modo a que o seu resultado seja facilmente incorporado na tecnologia empresarial. Isso significa o reforço das actividades de investigação aplicada e de desenvolvimento, em vez de investigação pura.
Numa Europa onde cada vez nascem menos bebés, os imigrantes vão ser necessários como garantia da sustentabilidade da taxa de natalidade e da segurança social de cada país?
O problema da sustentabilidade dos sistemas sociais contributivos depende da capacidade dos países terem pelo menos um contingente humano não inferior ao actual e desejavelmente superior dada a crescente e elevada percentagem de cidadãos idosos. A essa luz, a imigração é uma das soluções que podem ajudar a mitigar o problema.
Em relação à proposta do Secretário Geral do PS, António José Seguro, recentemente reprovada, que previa a criação de uma taxa adicional de IRC de 3,5% para as empresas com lucros superiores a 2 milhões de euros anuais, o Engº Ângelo Correia afirma que esta taxação não tem razão de ser e que o seu efeito é nulo. Em que medida seria este efeito nulo, tendo em conta que a taxação vai ser concreta ?
Como menciona o Ministro Álvaro Santos Pereira no seu livro Portugal - Na hora da verdade, mais do que um problema de exportações, nós temos um problema de importações. Estando inseridos numa economia de mercado livre emquadrado pelas normativas europeias, como podemos reduzir as importações, para além das operaçoes de markting "Compre português" ?
Tendo em conta a sua vasta experiência na área empresarial, gostaria de saber se acha que as recentes alterações nas leis laborais e as que ainda estão previstas irão ajudar o tecido empresarial português a recuperar competitividade internacional e auxiliar o desenvolvimento económico do país.
Como vê a falta de apoio à aposta do empreendedorismo em Portugal e a própria falta de incentivo a que os jovens de hoje possam ser os empresários de amanhã?
Em virtude de ter sido Ministro da Administração Interna; estará a segurança nacional e o bem estar dos cidadãos posto em causa, tendo em conta o descontentamento manifestado pelos agentes e militantes das nossas forças armadas e de segurança?
Tendo sido conselheiro político do Dr. Passos Coelho, o nosso Primeiro Ministro, gostaria de perguntar que conselho daria, à luz da conjuntura actual, a um jovem como nós, com aspirações a Primeiro Ministro de Portugal no futuro.
Numa sociedade em completa mutação e transição de paradigmas, há uma questão que naturalmente emerge. Como compaginar Estado e mercado, isto é como harmonizar, numa sociedade em crise (ou para utilizar a famosa formulação de Ulrich Beck, a "sociedade do risco") a necessidade imperiosa de responder às demandas sociais e políticas dos diversos agentes atingidos pela crise, sem ferir os postulados ideológicos do liberalismo político.
Conseguirá o regime de Abdelaziz Bouteflika resistir aos ventos de mudança que perpassam o mundo árabe? O regime argelino terá a capacidade suficiente, para empreender um conjunto amplo de reformas internas, que obste a uma deriva revolucionária, de destino incerto? Até que ponto, é que um país como a Argélia, com uma história pejada de episódios de convulsões políticas e sociais, subsistirá perante os agentes políticos anti-regime?
A privatização massiva de grandes empresas públicas (como as Águas de Portugal, TAP ou RTP), pode ser benéfica para os portugueses? De que forma isso afectará o acesso a estes serviços, sob uma análise custo-benefício?
Na sua opinião, qual é a melhor forma de atrairmos investimento estrangeiro para Portugal, de forma que o nosso país possa reconquistar uma melhor imagem económica no exterior?
Acredita que, mesmo que a política externa portuguesa se centralize na Europa devido, essencialmente, a questões económicas, o país deveria abrir-se a novos pólos de política externa, como a zona inexplorada do Magrebe? Não deverá ser necessário começar a despegar-se desta dependência europeia? Obrigado.
Visto que o Sr.Dr. foi Ministro da Administração Interna no Governo, pergunto-lhe quais as principais diferenças que encontra entre a Administração Pública de então, e a Administração Pública actual?
Não seria benéfico para Portugal, fazer como a Índia fez com o Reino Unido (começou por fazer exames à distância e depois mandou médicos indianos oferecer serviços de diagnóstico em Inglaterra e agora tem charters para levar doentes de todo o mundo para serem tratados na Índia). Aproveitaríamos Coimbra criando um grande centro hoteleiro aproveitando o cluster médico altamente qualificado que já existe.
Num País em que a justiça é débil, de funcionamento pouco eficiente e tendo em conta que a polícia é o mecanismo directo de contacto da justiça com a população, qual seria para si a forma geral de uma restruturação da polícia Portuguesa de modo a tornar este mecanismo primodial de actuação da justiça, um mecanismo coeso e funcional?
Não será a redução dos 4pp na TSU um verdadeiro fait diver? Será este o real factor para a criação de competitividade nacional? Uma redução nesta ordem de grandez provocará, em média, uma redução de 0.5% (bottom line), montante esse facilmente compensado pelo incremento dos custos variáveis, via inflação. A somar a este factor, e tendo em conta que estamos em Castelo de Vide, não poderemos esquecer que até 2010, existia o Estatuto dos Benefcios Fiscais - Regime da Interioridade, o qual (durante 5 anos), nos "ilibava" do pagamento integral dos 23,75%.
Numa entrevista que concedeu ao "Expresso" em Abril 2010, a propósito da pergunta "qual o Livro que mais o marcou?", referiu o seguinte: "(Os Maias. Eça descreve-nos um país e uma cidade que parecem manter-se na História cem anos depois. Quando o Mundo muda, nós parecemos iguais.)"
Os Jovens que aqui estão hoje em Castelo de Vide são o futuro ou perante as adversidades com que nos deparamos e a formação que temos assimilado, somos já o presente?
Eng. Ângelo de Correia, dada a sua vasta experiência no mundo dos negócios, quais serão as principais áreas de formação superior que os jovens que pretendem ter sucesso no mundo empresarial deverão apostar?
Na sua opinião quais são as medidas importantes mais que o Governo pode tomar, com o objectivo de fomentar o empreendedorismo e aumenatr a capacidade exportadora de Portugal?