PERGUNTA A ...
 
 
 
     
Duarte Marques
   
Bernardo Branco Gonçalves
Até que ponto não é prejudicial o bloqueio que muitas das nossas escolas fazem a iniciativas de formação política, como o "Sub-18", sob pretexto de evitar o favorecimento de determinada cor política? Não constituirá este excesso de zelo uma barreira ao estímulo da participação cívica dos jovens?
Sem dúvida Bernardo. Tu sabes bem o quanto é importante fazer um workshop como o Sub18 numa escola. Quem não conhece desconfia, mas depois até os professores pedem para voltarmos. Muitas vezes os jovens só conhecem a política pela TV e pelos jornais, sendo que normalmente são os maus exemplos que passam. Há muita gente boa e muitos casos de politicas boas que, demasiadas vezes, não chegam ao conhecimento das pessoas.
Marcelo Rafael
Porque é que as outras jotas não têm formações desta relevância?
Porque não são tão boas como a JSD !!! Mas sinceramente gostava que tivessem, porque acredito que se todos os partidos forem mais qualificados e com gente mais preparada, a qualidade da política e de quem nos governa também aumentará. Daí a JSD defender que uma percentagem do financiamento público partidário deverá ser obrigatoriamente aplicado em formação política. Isso nós já fazemos mas era bom que todos fizessem o mesmo.
Pedro Roberto
O facto de a UV ter abertura aos Jovens Independentes, poderá fazer com que, a medio prazo, esta seja vista como uma formação dos Jovens de Portugal?
Penso que o Programa de Formação Sub18 já um pouco essa formação para todos. A UV tem essa marca desde o ínicio e o meu desejo, tal como o da JSD, é que todos os partidos façam formação política obrigatória. Imagino que conheças a nossa proposta de obrigar os partidos a investir uma percentagem do financiamento público partidário em acções de formação política tal como nós já o fazemos. Esse dinheiro poderia ser investido fazendo formação pelos próprios meios ou contratando universidades,empresas, fundações ou centros de investigação para o fazerem.
Gonçalo Picarote Rodrigues
Por onde deve um jovem começar a sua militância partidária activa?
Pela JSD, claro ! A JSD é uma estrutura com grande implantação regional e local, sendo essa uma grande vantagem nossa, face a outras juventudes partidárias, pelo que sugiro que o início da sua militância deve começar normalmente pela estrutura local, núcleo ou concelhia. Penso também que hoje em dia é mais fácil começar essa militância nas redes sociais, no Facebook, nos blogues etc. Talvez mais importante que a militância activa numa jota ou num partido, eu desejo é que os nossos jovens comecem a participar bastante cedo na escola, na sua terra, na sua associação local, na sua turma, na ONG da sua terra, exercendo a sua cidadania.
Rui Marques
Como líder da JSD, e conhecedor dos jovens sociais democratas portugueses, em que medida e em que aspectos podem afirmar que estes jovens se diferenciam dos demais jovens portugueses, ligados ou não às restantes juventudes partidárias?
Os militantes da JSD não são especialmente diferentes dos demais jovens portugueses, se assim fosse não seríamos a estrutura política de juventude mais representativa dos jovens portugueses. Acredito que somos a mais interclassista de todas, um pouco à semelhança do PSD, representando todos os sectores da nossa sociedade, quer social, quer geograficamente. Por outro lado, sinto que a JSD tem uma média mais alta de formação política face às restantes Jotas, em virtude da permanente aposta que fizemos em formação ao longo de toda a nossa existência. Mas talvez umas das características que mais nos distingue é a nossa independência política face ao PSD. Ao contrário de outros, não somos a voz do PSD junto dos jovens, nós somos a voz dos jovens junto do PSD.
Rogério Gomes Gouveia
Considera a Universidade de Verão um investimento para o país?
Obrigado Rogério pela tua questão. Claro que considero e foi isso que disse na minha intervenção inicial. A JSD defende que uma percentagem do financiamento público partidário deverá ser investido em formação de quadros políticos por todos os partidos. É isso que já fazemos com a UV, tal como fazemos com a Formação Sub18 e com o Programa de Formação Nacional da JSD.
Susana Duarte
Seguindo disse o Ministro do Estado e das Finanças "somo uma geração melhor preparada", será que a nossa geração já está a marcar a diferença, e poderá a nossa geração ter uma melhor resposta as adversidades futuras?
Obrigado pela tua questão. Sinceramente penso que sim. Sucessivamente as gerações vão estando mais preparadas e qualificadas, frustante seria se assim não fosse. A nossa geração está a começar a marcar a diferença porque percebeu que tem que participar mais activamente, apesar de ainda não ter atingido o ponto desejável. Sinto que a crise e o facto do anterior Governo ter colocado em causa o futuro de muitos jovens, despertou muita gente para a necessidade de participar mais no processo político. Os erros das anteriores gerações teve apenas um aspecto positivo: alertar as actuais gerações para não fazerem as mesmas asneiras. Penso que hoje há uma geração alerta, qualificada e com espírito solidário e responsável.
Isa Monteiro
O que considera mais urgente fazer de forma a que a nova geração se interesse pela politica?
Obrigado pela tua pergunta Isa. É isso que a JSD tem tentado fazer. Nós temos levado a cabo um programa de formação nas escolas secundárias chamado Formação Sub18 que pretende desmistificar o "que é e para que serve a política?". A imagem actual da política é muito má e considerada como uma coisa quase negativa, por isso é necessário demonstrar que o que aparece na Tv não é muitas vezes o melhor exemplo de política. Daí começarmos logo nas escolas secundárias onde colocamos os jovens perante aquilo que devia ser a política. De seguida, é muito importante dar o exemplo e ter um comportamento correcto, promovendo boas políticas, sendo responsáveis, inovadores e defendendo sempre o bem comum. A terminar, é também fundamental demonstrar aos mais jovens o que está em jogo, que no caso é o seu futuro.
Joaquim Freitas
O voto aos 16 anos e obrigatório a partir dos 18 anos é uma bandeira da JSD. Não deverá esta medida ser precedida de inclusão de disciplinas de ciência política nas escolas portuguesas?
Obrigado Joaquim pela tua pergunta. Se verificares na nossa proposta, esta prevê um período de carência de cerca de 5 anos para preparar exactamente essa geração. Defendemos que sejam incluídos conteúdos sobre política, Estado e cidadania, entre outros, de forma transversal nas disciplinas do ensino básico e secundário, mas não necessariamente ciência política. Aproveito para te dizer que não sou um acérrimo defensor da disciplina de educação cívica se esses conteúdos puderem ser transmitidos de outra forma na escola.
Beatriz Cardoso
Boa tarde Deputado Duarte Marques, visto ser presidente da JSD e deputado do actual grupo parlamentar do PSD, o que acha de estar a correr uma diminuição do interesse dos jovens na política? Acha que esta desmotivação está relacionada com a falta de emprego e de perspectivas inovadoras do nosso país? E quais as suas propostas para cultivar este interesse na juventude portuguesa?
Obrigado Beatriz pela tua questão. Pelo contrário, depois da crise a que chegámos e da irresponsabilidade que colocou em causa o futuro das novas gerações, há agora muita gente nova a perceber que ficar afastado da política não resolve nada e que é necessário todos participarem para melhorar a qualidade dos decisores. Muitos se apercebem hoje que foram tomadas decisões sobre o seu futuro nas quais eles não participaram, porque não quiseram ou porque não tinham idade para votar e decidir. Sinto que as pessoas se alhearam do processo político ao longo dos últimos anos por falta de necessidade ou preocupação, mas agora perceberam que todos temos que participar. Acho que a desmotivação vem da falta de credibilidade da política e da falta de sentir necessidade de participar. A crise trouxe essa vantagem, é tempo de todos meterem mãos à obra e não esperar que os outros resolvam tudo.
Quanto à tua terceira questão, peço-te que vejas no site da JSD o Programa Sub18 que tem levado a escolas de todo o país um workshop sobre "Política, o que é e para que serve" que tem sido um sucesso. A aposta na formação política com as UV´s, Universidade Europa e Poder Local são outros exemplos desse investimento. Por outro lado, a forma como trabalhamos de defender os jovens e apresentar propostas válidas para melhorar a qualidade de vida das novas gerações, tem demontrado à juventude que nós existimos e que temos uma missão muito importante a cumprir. Com isso, penso que credidibilizamos a política, o respeito pelos partidos mas sobretudo pelos eleitores. Temos apelado muito à participação cívica e à responsabilidade em construír o nosso próprio futuro. Penso que em conjunto, estas medidas e atitudes, contribuem para recuperar o interesse e o respeito dos jovens pela política.
Beatriz Cardoso
Tendo em conta a sua recente posição relativamente à adopção por casais homossexuais, como pretende que se “agilize o processo de adopção” se é necessária uma análise detalhada e minuciosa ao casal adoptivo para que se contemple o bem-estar da terceira pessoa que é uma criança?
Obrigado Beatriz pela pertinente questão que colocas. É conhecido que o processo de adopção em Portugal é demasiado moroso e excessivamente burocrático. Agilizar esses processos não significa obrigatoriamente menos responsabilidade na decisão. Nestas situações tem que haver uma avaliação casuística feita por técnicos preparados e experientes. Não posso aceitar que crianças e pais passem 5 anos ou mesmo 10 à espera de uma decisão relativa a um processo de adopção. Essa espera é muitas vezes a causa da má integração das crianças ou adapatação dos pais adoptivos. Há centenas, senão milhares de crianças e pais à espera de serem adoptados ou de adoptar.
André Serras
Caro Duarte Marques, é com muito prazer que hoje verifiquei que o desemprego voltou a descer pelo segundo mês consecutivo, pensas que isto se deve única e exclusivamente à sazonalidade ou algo mais?
Obrigado André pela tua questão. Penso que a sazonalidade contribui para isso, apesar de sabermos que a comparação é feita também com outros meses de Verão do ano passado com as mesmas vantagens sazonais, podemos verificar que houve de facto uma melhoria face ao mesmo perído do ano passado. Será talvez sinal de confiança num novo cenário governativo mais responsável e que dá mais confiança às pessoas e às empresas.
Afonso Leitão
Considerando os recentes acontecimentos em Londres, Paris e Atenas, como é que a JSD pensa gerir eventuais crises juvenis no nosso País num futuro próximo?
Obrigado Afonso pela tua oportuna questão. À JSD não cabe gerir crises juvenis ou melhor, motins, como aqueles que ocorreram em Londres, Paris ou Atenas. Agora é nossa absoluta obrigação garantir e lutar para que o nosso Governo seja competente e inovador para evitar que os jovens portugueses tenham as mesmas razões de queixa dos jovens de Londres, Paris ou Atenas. Razão alguma justifica as pilhagens e agressões que ocorreram por exemplo em Londres, mas os jovens devem protestar e queixar-se quando virem que o seu futuro está posto em causa. No combate que fizémos ao governo anterior já demos também o nosso contributo para dar voz aos jovens e demitir o Governo que mais colocou em causa o futuro da norssa geração. Foi por isso que apoiámos Pedro Passos Coelho e o seu programa que é, tal como ele disse, um programa para as Novas Gerações. O seu sucesso será a medida do sucesso da nossa geração.
Miguel Gavino
Tendo em conta a qualidade do ensino e da educação em geral no nosso país, será que a idade para se exercer o direito de voto não deve ser revisto?
Miguel, pela tua questão fico na dúvida se defendes que a idade deve ser aumentada ou diminuida. Eu penso que temos mesmo que baixar essa idade para os 16 para que isso, por um lado, nos obrigue a fazer mais formação política nas escolas e, por outro, responsabilize mais as pessoas e permita às gerações mais novas participar na decisão do seu próprio futuro. Eu acredito muito que a próxima geração tem que ser integrada logo aos 16 anos, para bem cedo poderem começar a perceber a partir da escola quais são os seus direitos e deveres. Quero criar uma geração mais responsável e mais preparada para participar nas decisões que condicionam o futuro do seu país.
André Marques
Li, através da impresa, que é a favor do voto aos 16 anos. Depois dos acontecimentos em Inglaterra, mantém a mesma opinião?
Mantenho sim, André. Peço-te que leias a minha resposta ao Afonso Leitão que falo exactamente sobre esses acontecimentos. O voto aos 16 anos pode ser uma aposta estratégica que sirva de "alavanca" para uma educação de base mais virada para a cidadania e para a responsabilização conjunta de todos, pais, escolas e jovens.
Pedro Souto
Com a experiência adquirida ao longo das várias edições da UV, considera que as novas gerações políticas têm vindo a melhorar? Ou pelo contrário, são cada vez mais desligadas da política?
Infelizmente nem todos podem vir à UV, se pudessemos acolher mais estudantes tenho a certeza que o nosso contributo era ainda melhor. Cada ano que passa sinto que a UV tem mais qualidade e que os alunos nos surpreendem cada vez mais, sobretudo os mais jovens. A nível geral penso que cada vez as novas gerações estão mais preocupadas com o seu futuro e percebem que se não participarem os outros vão continuar a decidir por si. É tempo de mudarmos de vida e isso só será feito se todos participarem mais.
Mário Lourenço
Em Setembro próximo saem as colocações do ensino superior. Que mensagem gostaria de dar a estares jovens, principalmente aos que irão frequentar cursos completamente lotados a nível de empregabilidade?
Eu tenho dito em todo o lado, dando exemplos, apontanto as melhores possibilidades para os nossos estudantes candidatos ao ensino superior. Aos que já estão nesses cursos sugiro que se esforcem ainda mais para serem os mais bem preparados, que tentem obter experiências, dentro e fora do seu estabelecimento de ensino , que sejam mais valias para o seu CV e para a aquisição de mais competências. Penso que todos os que forem bons profissionais e competentes terão mais oportunidades de encontrar um emprego. Digo-lhes também para não terem medo de voltar atrás se verificarem que não estão no curso que consideram correcto, poruqe por vezes mais vale dar um passo atrás para depois poder dar dois à frente.
José Pato
Impresa com opinião eleitoral partidária livre ou tentativas de censura aos jornalistas?
Caro Zé, pelo que percebi da tua questão pretendes saber a minha opinião quanto ao facto de haver orgãos de comunicação social que assumam uma preferência partidária ou ideológica. Penso que isso não é desejável, mas sempre é melhor do que o fazerem de forma encoberta. Na minha opinião pessoal, considero que em Portugal temos uma imprensa bastante equilibrada desse ponto de vista.
Tiago Cunha
Na sua opinião quais são as principais medidas governativas necessárias para o combate ao desemprego entre os jovens, a promoção do empreendedorismo e de agilização da obtenção do primeiro emprego dos jovens?
Caro Tiago, o problema é tão grande que não consigo eleger duas medidas apenas. É necessária uma conjugação de medidas que criem o ambiente necessário à criação de emprego. Sinceramente, penso que o nosso Governo está no caminho correcto nessa matéria. As reformas na educação, mais competências, exigência e qualidade terão resultados a médio-longo prazo. É importante a agilização das leis laborais para facilitar a contratação de jovens. A economia tem que crescer e para isso é necessária boa investigação de aplicação, interacção entre investigadores e empresas, redução da burocracia e tribunais a funcionar com eficácia e rapidez. É também muito importante que exista crédito disponível para as empresas e também acesso a capital de risco para jovens empreendedores. A JSD defende estágios obrigatórios durantes os cursos para melhorar a entrada dos jovens nas empresas e a sua integração no mercado de trabalho.
Rui Bernardino
Duarte, o que pensa o governo fazer em relação à alteração das regras do acesso ao internato médico? O anterior governo pretendia alterar o formato do exame e colocar o novo modelo em prática passados dois anos. Como calcula, é bastante injusto para quem já está no curso se se alterem as regras a meio do jogo, pois quer queiramos não, isso vai alterar a forma como o ensino é ministrado.



Obrigado
Caro Rui, desde Junho que estou a acompanhar esse assunto pois parece-me muito injusto o que aconteceu. O Presidente da ANEM - Assoc. Nacional de Estudantes de Medicina, o Henrique, reuniu comigo e imediatamente fiz chegar o assunto ao nosso Ministro da Saúde. Entretanto preparámos uma pergunta parlamentar para "obrigar" o Governo a tomar uma posição sobre o tema. Como saberás, o Governo PS aprovou o RIM dias antes do novo governo tomar posse, às escondidas de tudo e de todos. Penso que nas próximas semanas haverá novidades. O Simão Ribeiro, Vice Presidente da JSD e actual Deputado da Comissão de Saúde da AR, está a tratar desse tema.
Rúben Fonseca
Hoje mais que nunca, vivemos sob um espectro social em que mais do que a motivação de participação politica é a maneira de ainda sermos ouvidos. Não devemos duvidar de que os jovens participam cada vez mais na politica. Participam nas redes-sociais,juntam-se em associações, em grupos/movimentos. Mas não em partidos! Neste sentido, todos sabemos que da parte dos lideres das Juventudes Partidárias urge "convencer" estes jovens que defenderem a sua ideologia, juntando-se a uma juventude partidária é o melhor caminho. Mas quais as estratégias? Com que meios? Sob com que argumentos?
Caro Rúben, essa resposta merecia muito mais espaço e tempo. Se vires a minha Moção ao útlimo Congresso neste link http://www.geracaocomfuturo.com/lib/pdf/mocao.pdf tens lá toda essa estratégia que foi aprovada e que tenho procurado concretizar. Mas devo dizer-te que o meu principal objectivo e da JSD, não é atrair mais jovens a militar na JSD. A nossa missão é lutar por resgatar o futuro de uma geração. E isso faz-se como ? Denunciando o que está errado ou injusto, e propondo soluções para corrigir isso mesmo. Ouvindo, conhecendo e antecipando os problemas das novas gerações. Estando junto dos jovens, dando-lhes voz e sabendo interpretar as melhores soluções.
Pedro Roberto
Em face do cada vez maior mediatismo que a UV atinge e da competente formação que lhe é reconhecida, consideras este "curso intensivo" deve ter um carácter obrigatório, nomeadamente para os militantes com altas responsabilidades autárquicas e ou políticas?
Caro Pedro, o meu desejo na JSD é que dentro de poucos anos seja "obrigatório" passar por um curso de formação política de base que crie condições para todos os dirigentes desde a base tenham um minímo de competências políticas, estatutárias, ideológicas, históricas, para poderem ser eleitos e representantes nos mais diversos orgãos políticos da JSD. A JSD Nacional apresentou no último Conselho Nacional, no Vimeiro, a base dessa formação a que chamamos Saber+ que foi desenvolvido pelo no Gabinete de Formação Nacional coordenado pela Susana Santos, avaliadora desta UV. Sei que este meu sonho pode levantar problemas de legitimidade, porque uma eleição é uma eleição democrática, mas penso que é a melhor solução para melhorarmos ainda mais a qualidade dos nossos dirigentes.
Pedro Figueiredo
Duarte, como presidente de secção estou a ter extrema dificuldade em levar a acção sub 18 à escola Secundária de São Pedro do Sul. O concelho executivo pura e simplesmente não permite. Achando eu, este tipo de acções de extrema importância e conhecendo o formato desta acção onde a cor partidária é "deixada" de lado, não deveria ser um dever das escolas receber este tipo de acções?! Não têm os jovens estudantes o direito a este tipo de formação?
Caro Pedro, existe alguma relutância das escolas em receber este projecto quando não o conhecem bem, ou então porque têm um espírito pouco aberto a estas coisas. A escolas deveriam dar a formação que nós fazemos com o Sub18 e de facto raras são as que o fazem. A JSD com o Sub18 pretende preencher uma lacuna existente. Não penso que as escolas devam ser obrigadas a receber-nos, mas deveriam ser obrigadas a dar o mesmo tipo de competências aos seus alunos.
Marcelo Rafael
Para quando o voto aos 16 anos?
Caro Marcelo, o meu desejo é apresentar essa proposta à AR durante esta sessão legisltativa, pelo que tendo em conta que defendo 5 anos de preparação, espero que em 2016 os jovens que têm hoje 11 anos já possam votar !
José Miguel Vitorino
Conhecendo eu pessoas de 16 anos e sendo a meu ver uma idade em que ainda muitos poucos jovens se preocupam com a politica ou que pelo menos saibam o que ela significa, e que nestas idades o seu desenvolvimento cognitivo ainda não se encontra preparado e disposto para interferir em escolhas politicas não sendo facilmente influenciados, porque continua a achar que com 16 os jovens devem ter o direito ao voto?
Caro José, continuo a acreditar que essa é uma excelente medida exactamente para mudar a situação que tu tão bem descreves na tua pergunta. Se leres algumas respostas que já dei a colegas teus verificarás essa mesma explicação mais desenvolvida. Para mim essa medida é uma alavanca para obter esse interesse mais cedo, num período essencial da sua formação como homens e como cidadãos.
João Santos
Numa sociedade em crise de valores e também de cariz social, o que podem ainda o associativismo político oferecer aos jovens, de modo a darem o seu contributo em torno de uma sociedade melhor e mais justa?
Caro João, penso que o nosso país vive uma crise de associativismo nos mais diversos sectores. Estamos a passar de uma fase de subsidiodependência para uma fase em que a iniciativa e o recurso a recursos próprios é mais premente, o que tem levado a maiores dificuldades em atrair pessoas para o associativismo altruísta que é tão importante para o nosso país. Os jovens, pela sua natureza são, normalmente, os que têm um espírito mais justo e mais solidário. A política é pela sua natureza o acto mais altruísta que pode existir, pois isso é a verdadeira natureza da política, a arte de servir os outros, de organizar a vida em sociedade e de lutar para melhorar a qualidade de vida dos que nos rodeiam. Se mais jovens participarem no associativismo político acredito que também vão aprender mais e participar mais intensamente neste projecto que é uma geração de mudança.
Hugo Carneiro
O que pensa a JSD fazer para moralizar a mercantilização em que se tornou o 2º ciclo de formação superior?
Caro Hugo, a JSD já manifestou ao Governo a sua preocupação com a necessidade de regular e impôr limites aos preços dos mestrados que são claramente obrigatórios para entrar em determinada carreira. Essa é uma preocupação nossa e se o Governo não actuar, seremos nós a colocar essa questão na AR. Penso que era a isto que te referias.
André Serras
Caro Duarte, saiu hoje a notícia que o Governo dependendo da vontade das instituições, existirá a hipótese de um aumento de 20 mil vagas em creches. Mas há um questão, após tantas críticas ao governo Sócrates pelas suas políticas que em nada favoreciam e incentivavam à natalidade, com aumento de impostos, cortes nos abonos, etc., não será preciso remediar essa situação para esta medida ser de facto interessante para a população portuguesa, e não apenas mais uma medida?
Caro André, a baixa taxa natalidade é um grave problema, tal como hoje aprendemos com o Prof Deus Pinheiro. Mas na verdade nós nem capacidade instalada temos para ter uma rede de creches suficiente para os poucos nascimentos que existem anualmente em Portugal. É uma missão com dois sentidos, aumentar a natalidade e também a rede de apoio aos recém-nascidos.
Liliana Fidalgo Dias
após esta sessão onde foi falado a redução do voto para 16 anos, consideras que demorará muito tempo até que esta medida possa vir a ser aplicada? Ou se algum dia virá? Obrigado (:
Cara Liliana, sinceramente espero que não demore muito, mas estas coisas levam o seu tempo e esta é uma daquelas propostas que não é consensual. Mas acredito muito nela e por isso não me cansarei de a defender. Há batalhas e reformas que duram anos, recordo que há mais de 20 anos a JSD defendia o fim do serviço militar obrigatório e a maioria das pessoas considerava isso impossível...demorou mas foi uma realidade e hoje já não existe. Não devemos deixar de lutar por aquilo em que acreditamos !
Helena Rebelo
Enquanto presidente da JSD, como imagina o futuro para os jovens da minha geração (20 anos) ?



Obrigado
Cara Helena, acredito muito no nosso país e sobretudo na minha e na tua nossa geração, pelo que tenho muita fé que vamos conseguir dar um país melhor aos nossos filhos do que aquele que encontrámos. Imagino uma geração com menos desigualdades, com emprego, com acesso a cultura e informação, com uma boa formação, com elevado espírito de cidadania e de responsabilidade, em que os jovens do interior também tenham direitos e sobretudo acesso a uma boa educação, a cultura, a emprego e bons cuidados de saúde. Foram feitas tantas asneiras nos últimos seis anos, que isso levou à maior preocupação com as novas gerações. O futuro só pode ser melhor, mas para isso temos que fazer o nosso trabalho !
Carolina Batista
Estamos a realizar um dos trabalhos de grupo sobre a reformulação do sistema político para aproximar os jovens da sua responsabilidade como eleitores. Existem entre nós, jovens de grande valor e elevado mérito que participaram no parlamento dos jovens, alguns dos quais até em diversas edições. Esta repetição pode ser encarada por outros jovens como a aplicação em ensaio, do sistema "de sempre os mesmos", de que muitas vezes é acusada a classe política, servindo para fundamentar o seu afastamento da política e do voto. O que pensa sobre esta situação?
Cara Carolina, agora como Deputado vou participar pela primeira vez nesse programa que considero como umas das iniciativas mais felizes da Assembleia da República no esforço de aproximação dos jovens à política nacional, o que me permitirá conhecer mais em detalhe essa experiência e verificar eventuais melhorias. Mas como sei que tem dois ciclos, para diferentes faixas etárias e anos, tem tudo para não haver esse impedimento e serem sempre os mesmos a participar. Quanto há um tão grande afastamento dos jovens, não podemos desperdiçar as poucas oportunidades que há. Cabe também às escolas e aos professores terem essa sensibilidade para promover a participação do maior número possível de alunos.
António Roxo
Uma das primeiras medidas deste governo, relacionadas com a juventude, foi a fusão de diversos institutos da área de Desporto com institutos da área da Juventude, a JSD manifestou-se contra na altura, a minha pergunta é se concordaria com a fusão destes institutos com outros mas de outra área que não Desporto?
António, como já disse anteriormente em vários locais públicos, não me importo que se funda até o IPJ com o Instituto das Pescas ou da Agricultura, tal como não me preocupa se a "pasta" está entregue a alguém que tutele a agricultura ou a economia. O que me preocupa é que, independentemente do responsável, se desenvolvam políticas de juventude sérias que constituam a melhor resposta para os problemas das novas gerações, que são fundamentalmente, o desemprego, a habitação e a educação. O anterior Governo esqueceu a juventude e apenas se preocupava com o Desporto, e foi por isso que o criticámos apesar de ter tudo sobre a mesma tutela e de existirem institutos separados. Quando soubemos da fusão do IDP com o IPJ discordámos do princípio, caso isso subalternizasse a juventude em relação ao desporto e porque, numa altura de grande preocupação com as novas gerações, estas deveriam ser o alvo de maior investimento do governo. No entanto, estamos satisfeitos porque este Governo já o disse, e demonstrou-o, que os cortes que vão fazer permitirão um maior investimento na juventude, tal com se anunciou em recuperar os programas de Ocupação de Tempos Livres e renovar as políticas de juventude desactualizadas do actual IPJ e apostar em novos programas que respondam, de facto, às exigências da situação da juventude. A nossa visão de política de juventude é transversal a todas as áreas da governação!
Andreia Gonçalves
Bragança é um dos distritos com elevada afluência de votos do PSD. Contudo, a JSD deste distrito não acompanha estes valores.

A meu ver, seria importante a JSD investir nesta região.

Contem comigo em Bragança, estou disponível!
Daniela Teixeira Serrano
No passado, ocupávamos lugares públicos depois de mostrarmos o nosso valor em cargos privados. Hoje, erradamente, esta situação quase que se presume inversa.

Passa muito por nós, jovens, alterar esta concepção. Sendo certo que não há "remédios santos", qual julgas ser a atitude imediata a assumir?
Jorge Faria Freitas
Caro Duarte,

ao longo de toda a história da política nacional, a Jsd tem dado provas de que é capaz de formar quadros de excelência, com grande aptidão para a vida de ajuda ao próximo, com preocupação nas causas do povo.

Certamente, no fim desta semana, sairemos daqui mais informados e motivados para lutar e trabalhar pelas nossas ideias e ideiais.

Na tua opinião, como imaginas que estarão os alunos desta edição da UV, daqui a 10 anos? Obrigado
Maria Inês Abreu
Caro Duarte Marques,

Na sua opinião, qual foi a qualidade mais presente nas atitudes e comportamentos dos alunos da UV2011, que tenha feito esta UV única e diferente em relação às UV's anteriores?
Vasco Moreira
Duarte, defendes que os deputados para serem eleitos devem ter formação política obrigatória. E para se ser ministro, também apoias essa ideia?