O Engenheiro Jorge Moreira da Silva, na sua aula intitulada “Ambiente e energia, o que temos de decidir já” começou por apresentar um panorama sobre a actualidade dos impactos das alterações climáticas no mundo, focalizando-se no actual regime climático e o mercado de carbono.
Seguidamente, o Professor da primeira aula da Universidade de Verão apresentou os vectores essenciais de uma nova política europeia de clima e energia, salientando primeiramente as novas metas do pacote integrado de novas directivas: o pacote 20/20/20. Apesar da importância determinante deste pacote, a Europa equaciona uma eventual revisão da meta em menos 30% para 2020, e o Eng. Jorge Moreira da Silva apresenta 3 razões fundamentais para esta revisão: 1ª) recuperar a liderança perdida em Copenhaga; 2ª) capturar novas oportunidades de “green growth”; e 3ª) assegurar o custo-eficiência da trajectória europeia para 2020.
Para o novo regime climático global no período pós-2012, no desenvolvimento de um protocolo sucesso a Quioto, o Eng. Jorge Moreira da Silva apresentou as principais dificuldades e desafios negociais que se apresentarão: a janela de oportunidade de 120 meses para definição das metas a cumprir; do financiamento aos países em vias de desenvolvimento; do mercado global de carbono; da adaptação; da desflorestação; e da mudança de paradigma para a acção a nível regional.
Na última parte da sua aula, o Professor reflectiu sobre a relação entre as políticas e tecnologias, equacionando a relação entre os custos de inacção, os custos de mitigação, e os benefícios energéticos e de investimento, concluindo que “o combate às alterações climáticas é urgente, está ao nosso alcance e é compensador.”