ACTAS  
 
29/08/2011
Sessão formal de Abertura
 
Sofia Manso

Bem-vindos à Universidade de Verão 2011!

Há um ano atrás, eu estava sentada na segunda fila com pessoas que não conhecia. Não sabia o que era a UV nem o que ia representar para mim. Apesar de muito trabalho, e de ter chegado ao final da semana exausta, no último dia já sentia saudades. Hoje, volto a esta casa como Conselheira e, tal como os meus colegas Conselheiros, estou aqui para vos ajudar.

Vão viver um espírito de equipa único e as pessoas que estão sentadas ao vosso lado vão ser certamente a vossa família "uviana”.

 

Através da discussão e reflexão de grupo, sobre as mais variadas questões políticas e cívicas, irão sentir como a vossa acção é fundamental para se conseguir uma sociedade melhor. Sintam-se especiais pois foram escolhidos entre um grande número de candidatos. Agarrem a oportunidade UV para participar activamente no que vos for proposto, sempre com uma atitude positiva e exigente. Espero que tenham trazido uma mala cheia, a abarrotar, para esta que vai ser uma experiência certamente marcante.

Dito isto, convido-vos a assistirem ao vídeo-resumo da Universidade de Verão 2010 para vos abrir o apetite.

 

Obrigada.

 

[Aplausos]

 

[Visionamento de vídeo]
 
Dep.Carlos Coelho

Sejam bem-vindos à Universidade de Verão 2011!

Permitam-me algumas referências especiais: ao Sr. Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro, Dr. Carlos Carreiras, pelo patrocínio, pela amizade e pela confiança; ao senhor Secretário-Geral do PSD, deputado José Matos Rosa, que com caráter precursor, muito antes de pensar que viria a exercer estas funções, decidiu localizar a Universidade de Verão para Castelo de Vide para ficar mais perto de casa [RISOS]; e uma referência a três deputados que aqui estão, o senhor deputado Duarte Marques, Presidente da JSD, que foi desde a 1ª edição o meu braço direito na organização da Universidade e que nesta edição larga a função de Director-Adjunto para a função de Presidente da JSD; ao deputado Nuno Matias, que é o Director-Adjunto da Universidade de Verão; e ao Cristóvão Crespo, que é o Presidente da Distrital de Portalegre; aos autarcas presentes, designadamente aos senhores Presidentes de Câmara, destaque para o senhor Presidente da Câmara de Castelo de Vide, que será saudado de maneira singular no jantar formal de abertura; e a todos os conselheiros, na pessoa da Sofia.

 

Estão aqui pessoas diferentes, que vêm de todo o País e pessoas com uma história diferente: pessoas com participação política, também independentes (que não estão no PSD nem na JSD), alguns de vocês têm a experiência associativa – são dirigentes associativos ou tiveram intervenção nas escolas – outros usam a Escola como espaço para saber e não para fazer intervenção cívica, alguns de vocês estão no poder local, outros nunca pensaram nisso nem o desejam. São pessoas diferentes e não nos conhecemos. Podemos conhecer-nos um bocadinho através do "Quem é quem”.

Têm, na vossa pasta, um pouco daquilo que somos. Fizemos este exercício convosco e com todos os nossos convidados. Pedimos a todos para se revelarem. Dizerem um pouco do que somos, do que pretendemos, do que sonhamos, do que desejamos, do que mais apreciamos. E estou certo de que no final desta semana vamo-nos conhecer um pouco melhor ainda.

 

Vocês são o resultado de uma selecção, como a Sofia disse. Foram 350 candidatos e eu confesso-vos que a escolha é a parte que eu mais detesto na organização da Universidade de Verão. Fica-nos sempre a sensação angustiante de que ficou de fora alguém que devia estar cá dentro. É um trabalho muito complicado. Nós fazemos uma análise curricular – currículo académico e currículo de intervenção cívica – matizado com critérios de equilíbrio regional, sexual e etário. Podemos falhar. Não é uma decisão individual, é um júri colectivo, que eu tenho o prazer de presidir. Não é uma decisão minha, é uma decisão de todos, mas naturalmente, perante o Dr. Carlos Carreiras e o Secretário-Geral do partido, assumo a responsabilidade da escolha que fizemos. Nós estamos convencidos que vocês são os melhores. Estamos convencidos que não errámos nas escolhas que fizemos, mas temos esta esperança de que vocês ao longo desta semana nos provem que tínhamos razão e que vocês de facto eram os melhores para estarem aqui nesta semana da Universidade de Verão 2011.

 

Para nós vocês são uma selecção nacional e vão ver que serão tratados como uma selecção nacional. A organização desta Universidade não vai poupar esforços para vos tratar como achamos que vocês merecem. Desde logo, com um programa de grande rigor e grande qualidade, trazendo para Universidade de Verão aqueles que nós achamos que são os melhores oradores, os melhores especialistas, aqueles com quem nós podemos aprender mais ao longo desta semana. Mas não queremos que aprendam apenas conhecimentos cognitivos, naturalmente que farão o aproveitamento que quiserem desta Universidade de Verão, mas não é apenas aprender, é que saiam daqui mais atentos ao Mundo, que saiam daqui com vontade, reforçada, de fazer intervenção cívica.

 

Gosto muito de citar esta frase do Fernando Savater, que tive a ocasião e o privilégio de conhecer em Estrasburgo, um homem do país Basco, um filósofo que foi e é dirigente de um movimento "Basta Já” contra o terrorismo em Espanha e escreveu em 1997, isto: "Se o que vos ofende ou preocupa é remediável, devemos pôr mãos à obra e se o não é, torna-se ocioso deplorar, porque este mundo não tem livro de reclamações”.

"Este mundo não tem livro de reclamações”! Queremos que vocês ponham mãos à obra se acham que há alguma coisa que vos ofende, que vos preocupa e que é remediável. Mas queremos que ponham mãos à obra sem nunca esquecer aquela frase fantástica de Francisco Sá Carneiro quando disse que "a política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”, ou seja, que o façam com um reforçado esforço e preocupação ética.

 

O material fundamental da Universidade de Verão está colecionado nessas pastas. É a primeira vez que elas existem. Até à última edição, nós distribuíamos umas brochuras com cada um dos elementos. Mas os vossos colegas das últimas três edições, na avaliação final que fazem, exercício que vocês também farão no domingo, propuseram esta solução que existe agora pela 1ª vez.

 

Têm todo o material fundamental nessa pasta e todo, ou quase todo, o material que receberão ao longo da semana, poderão colecionar no local exato das vossas pastas de documentação. Nesse dossier têm uma parte muito importante chamada "Regras”. Vão ver que há regras para tudo nesta Universidade de Verão: há regras para o jantar, para os temas, para a assembleia… Não são regras muito complicadas, mas há regras para tudo. Há cinco regras fundamentais da Universidade de Verão: a 1ª é ter vontade, pois ninguém está aqui obrigado, vocês estão aqui porque quiseram, candidataram-se, foram selecionados, pagaram a vossa taxa de inscrição e, portanto, ter vontade é a 1ª regra de um bom "uviano”; a 2ª regra é querer saber mais, dizem que a curiosidade intelectual é sinal de inteligência, se não errámos na escolha todos vocês vão querer saber mais e é aquilo que devem fazer na Universidade de Verão; a 3ª é ser pontual, dizem que o País tem um problema de falta de competitividade e que grande parte desse problema reside no facto de as pessoas não cumprirem horários. O País não percebeu como é que, em 8 anos consecutivos, os jovens social-democratas conseguiram fazer a diferença. Com os olhos postos em nós, o País percebeu que a Universidade de Verão era capaz de fazer a diferença. O que vos peço é o mesmo que pedi com sucesso aos vossos colegas em todos os anos anteriores - mostrem ao País que nós podemos ser diferentes. Como vocês ouviram há pouco no filme, para nós, na Universidade de Verão, 10h não são 10h20 nem 10h10 nem 10h05, 10 horas são "dez-zero-zero”. Todas as iniciativas da Universidade de Verão começam exatamente à hora que estão previstas e terminam exatamente à hora a que se previu, ou seja, não há contemplações nem no início nem no fim, os horários são para cumprir. Peço-vos que ajudem a provarmos mais uma vez ao País que aqui na Universidade de Verão nós temos hábitos diferentes, nós cumprimos horários e percebemos o que é o rigor. A 4ª regra é ser solidário, dentro do vosso grupo que é a vossa família mais próxima na Universidade de Verão e solidários com todos os colegas em Castelo de Vide. E, finalmente, ser construtivo. Não hesitem em dar as vossas sugestões. Se alguma coisa está a funcionar erradamente, não hesitam em dizer o quê e propor melhorias.

 

Como é que vão ser os nossos dias? Um dia típico, tem aulas a que chamamos "Temas”, com trabalho de grupo e jantar-conferência. Por exemplo, o dia de amanhã começa às 10h com a primeira aula de Ambiente dada pelo Eng.º Jorge Moreira da Silva, Vice-Presidente do Partido. Começa às 10h e acaba às 12h, mas se houver perguntas ainda por responder, aceitamos prorrogar no máximo até às 12h30. Entre às 12h30 e as 13h podem ter uma pausa, seguindo-se um almoço-buffet lá em cima.

Depois, voltamos a esta sala para a segunda aula do dia, sobre as questões sociais, a Pobreza em Portugal, dada por Manuel de Lemos. A aula começa às 14h30, acaba às 16h30, excepto se houver perguntas em que se pode arrastar até no máximo às 17h. Lá em cima, é servido um pequeno lanche no bar de apoio ao restaurante.

 

Temos uma pausa de meia hora e às 17h30 começam os trabalhos de grupo. Sugerimos que reservem uma hora para os trabalhos de grupo, mas já sabemos que se vão entusiasmar, por isso aquilo que vos peço é que não se excedam mais do que as 19h30 para que tenham um bocado de descanso entre o trabalho e o jantar. O jantar é um jantar-conferência e amanhã será com o Ministro da Educação, o Prof. Dr. Nuno Crato.

 

Têm o programa na pasta, com uma correção que é a única alteração que vai haver, espero, apenas ditada por razões de força maior, o jantar-conferência que tínhamos na 5ª feira com o Dr. Mariano Rajoy foi alterado, pois o próximo presidente do Governo de Espanha terá de estar presente nessa altura nas cortes espanholas. Portanto, iremos antecipar a presença do nosso convidado espanhol para as 17h30 com prejuízo da nossa visita a Castelo de Vide. Já não teremos o jantar-conferência, mas sim um espaço de descontração: improvisaremos um barbecuecom grelhados e contamos com uma grande presença, o Mestre António Chaínho para nos falar da guitarra portuguesa. É um jantar diferente, ao ar-livre (espero que não chova, se os deuses estiverem do nosso lado) devido a esta alteração de última hora e por razões de força maior.

 

Serão convidados a participar nos temas, nos trabalhos de grupo, mas também farão participações individuais, ou seja, nem toda a participação será mediada pelos grupos. Vai haver oportunidade de fazerem participações individuais. Para isso vão receber todos os dias impressos, mas sugerimos que o façam através da Intranet, deste endereço, nos vossos computadores, há uma wireless que fornece os dois andares e quem não tem computador pode usar um dos 10 instalados à entrada do restaurante. São de utilização livre para acederem à Internet ou à Intranet.

 

Esta é uma Universidade interativa. Todos os dias recebem o JUV. Já têm nas vossas pastas a edição zero - de boas-vindas - e amanhã recebem a edição nº 1. É um jornal que sai todos os dias às 2 da manhã, é colocado por baixo das portas dos quartos. Quem ainda estiver acordado recebe fresquinho, quentinho, o JUV a sair das rotativas, quem já estiver a dormir verá de manhã que tem o jornal debaixo da porta. Quem faz o jornal é o Paulo Colaço e o Júlio Pisa, mas na prática quem o cria são vocês. Vão ser interpelados para isso, respondam às perguntas e participem nos concursos não-obrigatórios. Vai haver uma coisa chamada YouJUV, ou seja, cada grupo tem a responsabilidade de fazer uma página do JUV em cada dia.

 

O que é que são os concursos não-obrigatórios? São sobretudo três: primeiro as perguntas, que são a personalidades que estão cá ou que nos acompanham à distância, como é o caso do Dr. Durão Barroso, que está a mais de 2 mil quilómetros de distância, mas responderá às vossas perguntas. Todas as perguntas aparecem na Intranet e são publicadas, mas o convidado seleciona apenas duas e dá resposta às mesmas, depois as respostas e respetivas perguntas serão publicadas no JUV. Para hoje, vocês foram convidados a dirigir perguntas ao Presidente do Instituto Sá Carneiro, ao Secretário-Geral do PSD e ao Presidente da JSD. Já recebi por e-mail as perguntas de António Roxo, Pedro Roberto, Beatriz Cardoso e Isa monteiro.

Quem quiser fazer perguntas por escrito a estas pessoas que estão hoje connosco, deve à saída entregar os impressos com as perguntas que serão selecionadas e respondidas à hora de jantar e publicadas no JUV esta noite. O Duarte Marques, que é o Presidente da JSD, responderá na Intranet a todas as perguntas e não apenas duas (sendo que só duas serão publicadas no JUV), durante toda a semana, pelo que não precisam de o fazer apenas até esta noite.

 

Recomendo que participem, mas que não fiquem desiludidos se a vossa pergunta não for selecionada. Não é o nosso critério, mas sim o de quem está a responder. E perceberão que se fizerem perguntas muito elaboradas que obriguem a respostas muito grandes provavelmente não serão selecionadas, a lógica é pergunta breve, resposta breve, portanto tenham isso em atenção quando quiserem formalizar as vossas perguntas. A segunda forma de participação é através das sugestões. As sugestões são dirigidas a mim. Eu prometo responder a todos durante a Universidade de Verão, via Intranet. As sugestões podem ser anónimas. As assinadas podem fazer através do computador, as anónimas têm de fazer através de impresso.

O que é a sugestão? São as recomendações que querem fazer para melhorar a Universidade de Verão. A pergunta que eu vos faço é esta: se vocês fossem o Director/a da Universidade de Verão o que é que fariam de diferente, em que é melhorariam, qual é o pormenor ou algo mais substancial que fariam diferente para melhorar?

 

Eu prometo responder a todas as sugestões que me forem dirigidas, dizendo uma de três coisas: agradecer a sugestão e aplicá-la já, ou agradecendo a sugestão dizendo que já não temos hipótese de aplicá-la nesta edição mas ficará para a edição de 2012, ou dizer "eu não concordo com a sugestão” explicando porquê.

 

Terceira participação não-obrigatória é o "Achei curioso”. O "Achei curioso” é aquilo que chama a vossa atenção; pode ser um aparte, uma personalidade convidada, um excerto de uma intervenção, um pormenor de organização. O JUV vai selecionar os "Acheis curiosos" que foram mais curiosos. Vão ser publicados na Intranet e aparecerão impressos nas páginas do JUV.

 

Podem participar quantas vezes quiserem, mas para efeitos de selecção devem ter atenção às horas. As perguntas à distância devem ser entregues até à 1h, porque nós temos de passar as que não forem escritas directamente na intranet, enviar para a personalidade e receber as respostas. O "Achei curioso”, até às 17h30 nós fazemos uma recolha para entregarmos à redacção do JUV para selecionar. Podem fazer fora destas horas, mas com prejuízo de não serem selecionados no próprio dia.

 

Eu disse que vocês são uma selecção nacional. Como tal, têm o dever e obrigação de saber o que se passa no País, não devem ficar fechados. Para isso, a Margarida Balseiro Lopes, que foi uma das melhores alunas da anterior edição da Universidade, é responsável pela revista de imprensa que terão todas as manhãs com um olhar sobre a imprensa nacional e internacional. Sobre a UVTV que aparece nos vossos quartos e nos televisores das zonas comuns da Universidade não vos explico, pois já tiveram um cheirinho no vídeo apresentado pelo Paulo Colaço.

 

Queria agora dar-vos duas notas sobre participações obrigatórias: a primeira sobre a avaliação de cada tema. No final de cada aula/tema vocês são convidados a preencher esta ficha de avaliação secreta e anónima. Convido-os a serem completamente sinceros. A vossa opinião só nos interessa enquanto for sincera, autêntica. Devem avaliar três parâmetros do tema: se é importante, interessante e se trouxe novidades; avaliam também os oradores: se sabiam da matéria, se transmitiram bem e se vos puseram à vontade; e da organização: os textos de apoio, os suportes audiovisuais e o tempo dedicado ao tema.

A escala é sempre a mesma em todas as avaliações da Universidade de Verão, de 1 a 5.

 

Peço que não façam avaliações por simpatia, ou seja, em que pela simpatia não são completamente sinceros. Dou-vos alguns exemplos: o Eng.º Carlos Pimenta esteve aqui nalgumas edições, fez uma aula brilhantíssima e na avaliação dos textos de apoio teve 3,2 ou 3,3 de média, portanto, Suficiente. Não haveria nenhum problema se ele tivesse dado algum papel, mas não houve nenhum papel. Nesse parâmetro de avaliação, (textos de apoio) ele merecia 1.

 

Vejam bem, cada requisito tem um valor próprio. Outro requisito que é muito confundido é logo o primeiro: quando avaliam se o tema é importante, é a importância dele que queremos. Vou dar-vos um exemplo concreto: a aula que eu vou dar, vai ser dada por mim e pelo Rodrigo Moita de Deus, vamos supor que vocês detestam aquilo que eu e o Rodrigo fizemos, dizem que "foi uma porcaria de aula”, não foi interessante, por isso dão 1, mas se vocês acham que uma aula de comunicação é importante na estrutura da Universidade de Verão deviam pôr 5 na importância. Até sugeria que preenchessem esse requisito antes de ouvirem a aula, porque a importância do tema não deve estar dependente da forma como ele foi exposto pelos oradores convidados.

 

Nas participações obrigatórias deve também referir o que aprenderem em cada aula: escreverem uma, duas, três coisas, se não houver nenhuma não põem nada, mas têm de dobrar a folha e depositar pois o voto é obrigatório; o que é que acharam importante; uma, duas, três coisas que aprenderam, que não sabiam, ou que acharam mais relevante.

Para nós é muito importante perceber no final o que é que suscitou mais a vossa atenção, o que é que foi mais relevante nos conteúdos que se ensinaram em cada tema. Para o meio da semana, mais ou menos, uns antes, uns depois, sempre que virem um papelinho a vos ser entregue, vão olhar para nós com raiva e pensar "mais um papel para preencher” e vão achar que há um exagero burocrático nestas avaliações. Eu quero dizer-vos que não é isso: não há nenhum exagero burocrático; o que nos interessa é a vossa opinião, pois esta irá alterar as edições futuras da Universidade de Verão.

 

Se estivessem cá estado em 2003 não tinham as pastinhas com informação selecionada, a UVTV, o YouJUV, a simulação de assembleia, a apresentação de trabalhos de grupo, a revista de imprensa, e tinham uma Universidade de Verão com menos dias. O que faz com que tenham tudo isto hoje é porque os vossos colegas, ano a ano, nas avaliações foram melhorando a Universidade de Verão.

 

Esta é a última coisa que vos queria dizer: nós todos dependemos uns dos outros; alguns irão beneficiar da vossa opinião e da vossa ação como vocês hoje beneficiam dos vossos colegas das edições anteriores.

 

Esta Universidade de Verão é fruto de muita gente que nela empresta o seu melhor, na organização, nos participantes, nos formadores e porque assim é, parece-me que faz sentido uma homenagem a todos aqueles que já passaram por cá e que vos ajudaram a fazer desta Universidade de Verão uma Universidade de Verão especial. Mas como é muito complicado homenagear mais de 800 pessoas, permitam-me centrar numa pessoa e com essa homenagem fazer a palavra final. Desejo-vos a melhor Universidade 2011, recordando todos aqueles que passaram por cá e recordando alguém que foi formador em 2003, um amigo da Universidade de Verão, co-autor de uma obra que vos quero oferecer no último dia, e que tinha uma frase, tirada de empréstimo do Charles Leadbeater, que é a ideia de que no passado o ser humano valia pelo que possuía, mas nós hoje valemos pelo que partilhamos ("we are what we share”), trata-se do Diogo Vasconcelos, morreu com 43 anos. Espero que com o seu exemplo possamos todos partilhar o melhor que a vida tem.

 

[Aplausos]

 

[VÍDEO]

 
Duarte Marques

Olá a todos! Bem-vindos à família UV, à IX edição da Universidade de Verão da JSD, do PSD e do Instituto Sá Carneiro.

Imagino que, para muitos de vós, seja uma emoção muito grande estar aqui hoje pela primeira vez e que a expectativa seja grande. Eu não me lembrei que este vídeo ia passar antes de eu falar e quero começar por vos dizer que o Diogo é aquilo que todos nós achamos que alguém deve ser na nossa sociedade. Tudo o que foi visto no vídeo foi criado ou teve a intervenção do Diogo Vasconcelos: a Federação Académica do Porto, a revista Cais, o Fórum Estudante, o Lusitânia Expresso (aquando do movimento activista a favor da libertação de Timor), a ANJE, tendo sido brilhante nas empresas onde trabalhou, na política, no PSD, filho e pai exemplares, dedicando-se dentro e fora do partido com a mesma convicção. Sobretudo um bom homem e, como muitos bons homens, partiu demasiado cedo.

 

Caros amigos, estamos aqui hoje todos com uma máxima e a equipa que está aqui tem um objectivo que é tornar-vos a vocês e também a nós cidadãos melhores. Os alunos são o esforço e sobretudo a alma da Universidade de Verão. Nós estamos cá para fazer formação política, é o mais importante que nos trouxe aqui hoje. Gostava de partilhar convosco também uma emoção que para mim é diferente hoje: esta é a primeira vez que participo como Presidente da JSD. Estive aqui 8 anos com outras funções; desde 2003 – já na altura com o Carlos Coelho, o Matos Rosa, a Vera, o Júlio Pisa, o Paulo Colaço, o Teixeira, o Hugo Tavares e outros que não estão cá hoje, e com muitos outros que a nós se juntaram – sempre sob o comando e o chicote do nosso reitor Carlos Coelho.

 

Mas, caros amigos e companheiros, esta é de certeza a melhor acção de formação política que se faz em Portugal e na Europa. Não estou a exagerar, porque conheço o que se faz cá e lá fora. De tudo o que fiz e em que participei até hoje na política, esta é a que fiz com mais prazer e sobretudo a que mais importância tem. Vai custar não andar de um lado para o outro e ter de ficar sentado, sem poder ralhar para fazerem menos barulho, ou ter o prazer de vos acordar pela manhã com a cara ensonada porque adormeceram.

 

Caros amigos e companheiros, passados oito anos podemos todos dizer que criámos oito novas gerações de quadros políticos de qualidade para o nosso partido, mas sobretudo para o nosso país. Para alguns de vocês este é o primeiro contacto com a política, alguns não são militantes, outros são apenas simpatizantes, outros talvez nem sejam ainda, acredito que vão ser mais à frente.

 

A JSD é por alguma razão a melhor estrutura política de juventude do nosso país. Isso é verdade hoje porque alguém, há muitos anos atrás, quase no tempo de Sá Carneiro, soube apostar na formação política como prioridade. Somos o partido que há mais anos faz formação política e é hoje, com muito orgulho, que dizemos que, talvez um dos melhores de todos nós, é o Primeiro-Ministro de Portugal. Um Primeiro-Ministro que as pessoas respeitam e que podemos dizer com orgulho que é um ex-Presidente da JSD. É também tempo de dar uma palavra ao nosso Reitor. Alguns de vocês ouviram-no falar, o Carlos Coelho, também um ex-Presidente da JSD, e a sua grande obra, o seu grande filho, são nove gerações de jovens e militantes do PSD, que eu tenho a certeza que não só se tornaram melhores quadros do PSD ou da JSD, mas, sobretudo, que se criaram pessoas melhores, mais capazes.

 

A Universidade de Verão tem também o condão de elevar o espírito de grupo de solidariedade, de criatividade, de rigor e de ambicionar, fazer cada vez melhor, essa é uma marca da JSD e da Universidade de Verão, e acho que é uma marca que todos herdámos do Carlos Coelho, o nosso Reitor.

 

Caros amigos e companheiros, quando alguns colocam em causa a existência de juventudes partidárias, vocês são a resposta a essas provocações. Nós temos duas funções, como todos vocês sabem: defender políticas de juventude e o futuro das novas gerações. Mas há outra que é tão importante quanto essa: formar bons quadros para o nosso partido e para Portugal. Os políticos não são todos iguais, porque enquanto alguns partidos fazem festas de Verão nós fazemos Universidade de Verão; onde alguns partidos fazem apenas diversão e facilitismo, nós fazemos coisas com exigência e qualidade. Enquanto alguns se preocupam apenas em destruir o País, nós preocupamo-nos em construir o Presente, mas sobretudo o nosso Futuro.

 

Vocês são, de facto, a selecção nacional, mas também têm de provar ao longo da semana que mereceram estar cá e que vão aproveitar o que vão aprender para colocar ao serviço do nosso país. Deixo-vos duas mensagens muito importantes: nunca se esqueçam que o vosso sucesso aqui dentro está ligado à vossa capacidade de respeitar o espírito de grupo, de trabalho e sacrifício que vão conseguir impor a vós próprios. Vão ficar surpreendidos com aquilo que vão conseguir fazer se trabalharem em grupo e com espírito de sacrifício. Não percam esta oportunidade! O partido, a JSD, o Instituto Sá Carneiro investiram muito em vocês para estarem aqui.

 

Acreditem que é possível mudar Portugal. Mas Portugal muda-se com bons políticos, boas políticas, mas sobretudo com uma grande nova geração que está para vir. É essa a vossa missão: é de esta semana aproveitarem tudo aquilo que vos for deixado cá, para absorverem, para contribuírem e poderem voltar a criar mais uma nona geração que seja ainda melhor que todas as outras que cá passaram. É esse o nosso objectivo.

Desejo-vos uma excelente semana, muito trabalho, espírito de sacrifício e sobretudo muita tolerância com a organização, com o nosso staff e com o nosso Reitor.

 

Muito obrigado a todos.

 

[Aplausos]

 
Matos Rosa

Caros Carlos Coelho, Reitor da Universidade de Verão; Carlos Carreiras, Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro; Duarte Marques, Presidente da JSD; senhores deputados Nuno Matias, vice-Reitor, Professor Manuel Meirinho, senhor Presidente da Comissão Política Distrital do PSD, Cristóvão Crespo; senhores Presidentes da Câmara de Sousel e Castelo de Vide. Deixem-me aproveitar esta oportunidade de agradecer ao senhor Presidente da Câmara de Castelo de Vide a forma carinhosa como sempre soube receber e manter esta Universidade de Verão: muito obrigado, Sr. Presidente.

 

[Aplausos]

 

Caras amigas e caros amigos, em primeiro lugar permitam-me que em nome do Partido Social Democrata vos dê as boas-vindas à Universidade de Verão. Uma iniciativa conjunta do Partido Social Democrata, da JSD, do Instituto Francisco Sá Carneiro, em colaboração com o Partido Popular Europeu, que se realiza, ano após ano, desde 2003. É um investimento na formação numa elite de jovens quadros que, provavelmente, exercerão no futuro funções de responsabilidade. Esta regularidade e longevidade comprovam a solidez e a importância cada vez maior desta Universidade de Verão. Uma iniciativa que promove a reflexão sobre os grandes desafios da Actualidade e abre espaços para a discussão de ideias com os professores convidados que aqui partilham as suas experiências e os seus conhecimentos. É por isso que esta Universidade de Verão ambiciona estabelecer-se como elo dinâmico entre gerações, entre jovens e o País, entre vocês e o nosso futuro colectivo; é essa a nossa ambição, construir um Portugal novo, com todos e para todos. Permitam-me dirigir uma palavra de particular apreço ao nosso bom amigo Carlos Coelho, que uma vez mais, organizou de forma exemplar esta iniciativa de abertura à Sociedade e, deixem-me dizê-lo, ao Futuro.

 

A notável qualidade dos convidados desta Universidade de Verão antecipa desde já o seu sucesso. Obrigado Carlos, por teres colocado a tua inteligência e a tua energia na organização desta iniciativa. A tua dedicação não é quantificável; para ti o meu, o nosso, de certeza, aplauso de agradecimento.

 

[Aplausos]

 

Caras amigas, caros amigos, o sucesso desta Universidade de Verão demonstra também a capacidade genética do PSD para se reinventar e encontrar novos caminhos de abertura à sociedade civil. Nós também somos isto: a irreverência de quem quer fazer sempre mais e melhor pelo seu país. Desta matéria podemos reivindicar a permanente insubmissão política e intelectual do nosso fundador Francisco Sá Carneiro. O Instituto Francisco Sá Carneiro e o Gabinete de Estudos da PSD, assim como a JSD, assumem essa orgulhosa herança no seu trabalho permanente abertura à sociedade civil. Portugal precisa de um PSD forte, mobilizado, motivado, aberto às energias da sociedade civil, inconformado e empenhado no sucesso desta aliança entre as pessoas que estão dentro e fora do partido, que todas juntas representam um projecto de renovação geracional. O PSD acredita nesta aliança geracional, na Sociedade e nas pessoas. Esse talvez seja o elemento que mais nos distingue dos outros partidos: temos uma concepção diferente do Estado porque acreditamos na energia da sociedade e das pessoas. Nós acreditamos na mudança, que somos capazes de mudar Portugal e na mudança que este Governo já iniciou.

 

Caros amigas, amigos e companheiros, é disso que se trata: a mudança! Porque nunca o País precisou tão urgentemente de mudar, porque os desafios que se nos colocam não têm precedentes na História Portuguesa. O trabalho que temos pela frente é colossal, sim, absolutamente colossal! Mas vamos conseguir!

 

A primeira Universidade de Verão começou em 2003 e, desde essa altura, o Mundo mudou muito, mas Portugal, como todos sabemos, mudou muito pouco. Na verdade, Portugal não mudou naquilo que devia ter mudado e o que mudou, quase sempre, apenas piorou a situação e agravou os problemas. Os últimos anos colocaram em evidência essas fragilidades estruturais em Portugal. Um país bloqueado por um modelo económico e social esgotado, cansado das promessas que desafiam a realidade e que não forçam a mudança, refém de um passado esgotado e sem expectativas de futuro. Mas não foi este o país que herdámos dos nossos pais e, não será certamente este, o país que iremos deixar aos nossos filhos.

 

Caros amigas, caros amigos, nós vamos conseguir mudar. É por isso que a vossa presença aqui hoje é mais importante do que nunca. Portugal chegou ao limite das suas forças e precisa de mudar. Essa mudança começa aqui hoje, convosco, com a vossa irreverência, energia, dedicação, paciência e, sobretudo com a vossa coragem. Portugal não precisa apenas de escrever uma página da nossa História, mas sim uma nova História. Uma História em que sejamos capazes de pagar as nossas dívidas, em que sejamos capazes de ter empresas fortes e postos de trabalho qualificados, contratualizar sacrifícios e criar riquezas. Numa frase: construir uma Sociedade robusta para que nunca mais tenhamos que voltar a esta página negra da nossa História. Todos juntos vamos ser capazes de construir essa nova História, de um país que saiba ver nos jovens o seu Futuro. Portugal tem hoje um PSD forte, motivado, mobilizado, aberto à Sociedade civil, que acredita na mudança iniciada pelo Governo do Dr. Pedro Passos Coelho. Sabemos que o trabalho que temos pela frente é colossal, mas vamos conseguir.

A nossa missão é construir um Portugal novo, com todos e para todos.

 

Caras amigas e caros amigos, o vosso Futuro é o nosso Futuro; é o Futuro de Portugal!

 

Viva à JSD, viva ao PSD, viva Universidade de Verão, viva Portugal!

 

[Aplausos]


 
Dr.Carlos Carreiras

Muito boa tarde a todas e a todos.

Permitam-me que cumprimente o senhor Secretário-Geral do PSD, José Matos Rosa, gosto muito de o ver nestas funções de Secretário-Geral; também cumprimentar o Duarte Marques, Presidente da JSD, que disse há pouco que o Carlos Coelho tinha tido uma premonição que Pedro Passos Coelho seria agora Primeiro-Ministro nesta Universidade de Verão 2011, eu também tive uma premonição que o Duarte este ano também estaria aqui como Presidente da JSD.

Permitam-me cumprimentar os meus colegas, Presidente da Câmara de Castelo de Vide, Presidente da Câmara de Sousel, Cristóvão Crespo Presidente da Distrital de Portalegre e, nele, cumprimentar todos os dirigentes das Distritais aqui presentes; cumprimentar o Dr. Manuel Meirinho e, nele, todos os convidados também presentes aqui na sala.

 

Deixei para o fim, obviamente, o Carlos Coelho, dada a amizade que nos une há muitos e muitos anos. Vocês podem não acreditar, mas já somos amigos desde o tempo em que ambos ainda tínhamos cabelo. [RISOS] O Carlos não tinha tanto cabelo quanto eu tinha naquela altura, mas talvez para reforçar a minha credibilidade junto de vós, dizer também que nós já disputávamos eleições da JSD ainda antes do Pedro Passos Coelho ser líder da JSD. Esta amizade que nos une há muito tempo não inibe nem retira a independência para vos dizer que tenho um profundo reconhecimento pelo trabalho que o Carlos Coelho tem desenvolvido ao longos de todos estes anos e, muito especialmente, felicitá-lo e a toda a sua equipa por aquilo que têm sido capazes de fazer com uma grande persistência e capacidade, pondo todo o seu talento ao nosso dispor na realização das Universidades de Verão. Por isso, Carlos, muito obrigado e felicito-te uma vez mais por essa tua capacidade.

 

Caros amigos, caros companheiros, vivemos um tempo estranho, por vezes difícil de entender, em que a crise, os défices, as dívidas, tomaram conta da acção política dos Governos do Mundo; em que a austeridade e os cortes tocam na vida de cada um de nós. Este é afinal o nosso tempo e precisamente por isso é urgente voltar àquela que era a origem, fundamento e objecto da acção política para Sá Carneiro: as pessoas.

 

Mas eu pertenço a uma espécie em vias de extinção, ou talvez não: a espécie dos optimistas. É por isso que vos digo que a Europa morreu. A Europa como a conhecemos há 50 anos morreu. A boa notícia é que vamos assistir ao nascimento de uma nova Europa. Ao longo dos últimos anos e à medida que a Europa atravessava algumas crises de meia-idade (eu e o Carlos sabemos o que isso é), como os chumbos referendários na França, na Holanda e na Irlanda, muitos profetas da desgraça arriscaram escrever o obituário da Europa. Na altura, os rumores sobre a morte da Europa foram largamente exagerados.

Acredito que hoje não são rumores, são evidências. A crise da dívida soberana atacou pelos flancos e deixou a Europa de joelhos. A saída, diziam uns, passava pela expulsão do Euro de países como a Grécia, Portugal e a Irlanda. Poupavam-se os grandes e cumpridores e isolavam-se os infectados. Mas já se percebeu que a Crise tem o dom da ubiquidade: quem sabe, talvez a seguir caíssem a Itália, a Bélgica, a Espanha. Consequência: o desmantelamento do projecto europeu.

 

A pergunta que se coloca é: como é que chegámos até aqui? Apontaria três factores para este status quo insustentável: uma moeda comum sem um tesouro comum; uma política cambial deslocada dos países mais periféricos e menos desenvolvidos; a ausência de liderança política e a falta de legitimidade das lideranças europeias. Actuando conjuntamente, estes três factores a que se deve juntar o ataque claro dos mercados, não ao Euro, mas a todo edifício Europeu, têm morto lentamente aquele que é talvez o mais belo e notável projecto democrático: a União Europeia.

 

A boa notícia, como dizia atrás, é que vai nascer uma Europa nova. Neste contexto, ser ou não federalista, deixou de ser uma opção: é a única saída.

Mergulhámos numa crise sem precedentes, ouvimos hoje os povos da Europa clamarem por mais liderança, mais união, mais política, em suma, mais Europa. Foi o processo de construção europeu que nos atirou para esta inevitabilidade, ironicamente também é ele que está obrigado a tirar-nos da crise, precisamente por termos atingido um tal ponto em que já não é possível andar para trás; não há retorno.

 

A crise é, por ironia, a vitória do projecto europeu. Apesar de todos os males, a crise das dívidas soberanas tem as suas virtudes: uma delas é funcionar como gatilho para as reformas duríssimas que a Europa tem há muito em lista de espera. A Crise é clarificadora e vai acabar com os vícios da velha Europa, com a política agrícola comum anacrónica, com as políticas de pesca altamente penalizadoras para os países periféricos como Portugal, ou uma política cambial que nos reduz ao mercado interno e é geradora de protectorados subsídio-dependentes da periferia. Mas a crise vai também acabar com o politicamente correcto e gasto jargão a uma só velocidade. A Europa vai ter de correr a várias velocidades. Acredito que para as nações que correm mais rápido está reservado um papel decisivo. É o conserto das nações liderantes e não ao eixo franco-alemão que cabe tentar soluções mais arrojadas para a Europa. Tenho-o dito, não vamos sair desta crise com soluções normais, por isso, a exemplo do que defendo para a Europa, também internamente temos de tentar o que nunca antes foi tentado para enfrentar uma crise excepcional. Felizmente, Portugal tem hoje um Governo forte, com uma liderança política forte. Portugal tem rumo e os Portugueses apesar de todos sacríficos e contrariedades têm esperança no futuro. Acreditam que, ao contrário do que aconteceu no passado, os esforços não são feitos em vão.

 

Estes esforços são feitos pelo nosso futuro. Pedro Passos Coelho é, no olhar dos outros, o Primeiro-Ministro de um pequeno país pobre, periférico e em dificuldades. Para nós, Portugueses, Pedro Passos Coelho, é o Primeiro-Ministro de um país que apesar de estar em dificuldades não é pobre nem periférico. Aceitar isto é compreender a História do nosso país, assumir aquilo que sempre fomos, numa fase em que a Europa está órfã de lideranças políticas inspiradoras, uma fase em que dois líderes pretendem desenhar a régua e esquadro o futuro dos povos da Europa, eu acredito que o nosso Governo será capaz de dar em Bruxelas um exemplo de liderança na inequívoca defesa dos interesses de Portugal.

 

Meus amigos, como nos pede a Troika, é do nosso interesse abraçar temporariamente a austeridade, mas não é do nosso interesse que esse abraço se torne permanente. A Troika olha para os números, nós, políticos, temos de olhar para as pessoas e, olhar para as pessoas, é apostar no crescimento. Acredito que neste particular, o poder local pode dar um extraordinário contributo. Ouvimos falar do Governo e do Presidente da República como agentes decisivos na ultrapassagem da crise e negligenciamos, erradamente, o papel das autarquias, e ao fazê-lo estamos a negligenciar o crescimento, o emprego, a inovação e coesão social. Tal como na Europa, as razões liderantes podem ser pioneiras na descoberta de novas rotas de crescimento, também as maiores autarquias do País devem servir de exemplo na realização do nosso potencial colectivo. Acredito que com acções locais, seremos capazes de promover uma mudança global. Mas seja qual for a estratégia e a rota escolhida para ultrapassar a crise, do global para o local ou vice-versa, é essencial ter presente um princípio: os limites à austeridade devem acabar precisamente no ponto em que se inibe o crescimento. Esta é uma estratégia que exige visão política clara, liderança forte, conciliação da diversidade e tolerância com a capacidade de fazer acontecer. Esta é uma estratégia que exige união; de privilegiar o que nos une em detrimento do que nos divide. O que nos une é Portugal e os Portugueses. Mas esta também é uma estratégia que exige acreditar, acreditar que o verdadeiro e importante recurso são as pessoas.

 

Caros amigos e companheiros, comecei por vos dizer que este era o tempo da Crise, dos défices, da dívida, do emprego e da depressão. É uma daquelas crises que revela o carácter de um Povo, que define o lugar de uma Nação no Mundo. Cada um de nós, cada um de vós, é testado a libertar o talento, a ser inconformista; é chamado a dar uma oportunidade à esperança; este é o sinal e contributo que se espera de cada um de vós, de cada um de nós. Todos somos precisos para construir um tempo diferente. Portugal tem de contar convosco e connosco, a bem de Portugal, de todos nós que somos Portugueses e que temos muito orgulho em sê-lo.

 

Muito obrigado pela vossa atenção.

 

[APLAUSOS]

 
Nuno Matias

Muito boa tarde a todos.

Como já se aperceberam a organização deste evento está empenhada firmemente em que tenham um momento e um tempo único, que seja insuperável e memorável na vida de todos vós.

Como também já perceberam, vamos todos trabalhar em conjunto para o vosso sucesso e para que, no momento em que já chegarmos ao fim destes trabalhos, tenham já saudades de tudo aquilo que viveram. Temos um conjunto alargado de membros da organização que querem fazer com que assim seja, mas terão um rosto que em primeiro lugar irá lidar convosco, irá acompanhar-vos, dar-vos todas as informações e, convosco, procurar que o percurso seja o mais bem-sucedido possível e que supere todas as vossas melhores expectativas.

 

Nesse sentido, vou apresentar os vossos conselheiros. Estamos a falar de dez equipas em que cada conselheiro tem a responsabilidade de acompanhar, aconselhar e informar duas delas. Vou começar por chamar os conselheiros e pedir aos nossos convidados que entreguem aquilo que é o símbolo de cada uma das equipas, o nosso boneco que tão útil nos vai ser ao longo da semana.

 

Chamava o decano dos nossos conselheiros, o meu querido amigo Jorge Varela e pedia ao nosso querido amigo e companheiro, Carlos Carreiras, para lhe entregar os estandartes do grupo amarelo e bege.

 

[APLAUSOS]

 

Chamo também a Catarina Rocha Vieira, a vossa conselheira dos grupos encarnado e rosa. Pedia, mais uma vez, ao Carlos Carreiras que entregasse o estandarte do grupo.

Chamava agora o Paulo Pinheiro, que é o nosso conselheiro dos grupos cinzento e roxo, e peço ao nosso Secretário-Geral que entregue o estandarte do grupo.

 

[APLAUSOS]

 

Chamo também a Sofia Manso, que é a conselheira do grupo castanho e azul, e pedia ao Duarte Marques para entregar o estandarte.

Para terminar, chamo o Tiago Alves, que é o conselheiro dos grupos laranja e verde, e peço ao nosso magnífico Reitor para entregar os seus símbolos.

 

Como se aperceberam também, quer a Sofia quer o Tiago são ex-alunos do ano passado da Universidade de Verão. Deixem-me dar-vos apenas uma última informação, como sabem vamos ter um jantar, que hoje é antecipado para o horário das 19h45, mas pedia a todos para deixarem à saída as vossas perguntas que vos foram distribuídas à entrada.

 

Muito obrigado, boa sorte e uma grande semana!

 

[APLAUSOS]

 

Magnífico reitor desta universidade, caras alunas, caros alunos, sejam bem-vindos à décima edição da Universidade de Verão da JSD.

Há um ano atrás, eu, a Vera Artilheiro e a Isa Monteiro estávamos sentados algures nessas cadeiras. Cheguei inquieto, curioso, sem saber muito bem o que se ia passar. Sentado desse lado tinha muito mais dúvidas do que certezas, tudo era novo, completamente diferente, vivia-se uma magia inexplicável no ar.

Eu tinha sido um dos cem escolhidos para participar na nona edição da Universidade de Verão da JSD. Entrei, vivi uma das semanas mais intensas da minha vida e no domingo, quando me despedi, despedi-me já com muitas saudades. A UV marcou indelevelmente a minha vida pessoal, social, associativa e política também.

Um ano depois, caros cem novos alunos da décima edição desta universidade, deixo-vos, em jeito de pedido, três conselhos: divirtam-se e sejam felizes; aprendam e ensinem o mais que puderem; e façam desta universidade um ponto de partida e não um objectivo já atingido. Disfrutem de todas as oportunidades que conseguirem, sejam cooperativos e façam depender da vossa felicidade a felicidade do vosso companheiro do lado, tirem todas as dúvidas, façam todas as perguntas.

É na medida de partilhar aquilo que cada um de nós é, que o conjunto garante os seus sucessos. Depois desta semana estarão mais capacitados e mais bem preparados para fazer a diferença.

Aqui nós vamos aprender a ser elementos construtivos de uma nova democracia; a fazer intervenção informada, coerente e com valores, a melhorar o presente numa visão de futuro sustentável. Poderemos, juntos, fazer a diferença que sonhamos para o mundo. É este o verdadeiro espírito da Universidade de Verão, mas mais do que palavras falam as imagens e, por isso, apresento-vos um pequeno vídeo que vos fará o resumo daquilo que é, do que foi e esperamos que seja o espírito da Universidade de Verão.

Muito obrigado.

[APLAUSOS]

[VISIONAMENTO DE VÍDEO]